TUDO SOBRE LUBRIFICANTES SINTÉTICOS
Produto de elite para alguns, vilão para outros, os lubrificantes sintéticos começam a tomar conta do mercado, a se popularizar e a desfazer mitos e inverdades.
Ao contrário do que parece, os óleos sintéticos não são novos. Surgiram no final da década de 1930, época da II guerra mundial, como alternativa para uso militar, por causa da escassez de petróleo durante o conflito. Porém, somente em 1974 um lubrificante 100% sintético chegou ao mercado consumidor. Desde então, este tipo de lubrificante esteve ligado a competição ou a utilizações muito específicas, carros importados e clientes com alto poder aquisitivo.
Somente hoje, quase 40 anos após o lançamento comercial, é que os sintéticos estão se popularizando; mais rapidamente depois que as montadoras começaram a recomendá-lo em seus manuais. Veja quadro que mostra a evolução da recomendação das montadoras:
Não foi por acaso que a indústria automotiva entrou de cabeça nos sintéticos. Para atingir o nível de exigência dos novos motores, os lubrificantes precisaram evoluir, e esta evolução só foi possível graças a aplicação de bases sintéticas.
Os sintéticos são a alternativa natural quando se deseja obter características superiores as dos minerais. Suas principais vantagens estão em:
• Reduzido ponto de fluidez – favorável a partidas a frio,
• Baixa volatilidade – menor consumo (baixa do nível) do óleo lubrificante,
• Alto índice de viscosidade – permite a obtenção das viscosidades mais modernas (5w20-0w30-5w30), sem deixar de lado a proteção do motor,
• Elevada resistência ao envelhecimento e a oxidação – períodos de troca espaçados e ausência da formação de borra.
CLASSIFICAÇÃO
A indústria petroquímica classifica os básicos para produção de lubrificantes em 5 categorias, sendo:
Grupo I: Lubrificantes minerais, obtidos por um processo de extração por solvente, apresenta características de baixo índice de viscosidade, sendo assim inadequado para a produção dos lubrificantes mais modernos,
Grupo II: Utilizado em alguns semissintéticos, provém da destilação do petróleo seguida de um processo de purificação chamado de hidrotratamento, utilizando o hidrogênio para eliminar alguns compostos indesejados do petróleo. É o tipo de base que mais cresce no mercado,
Grupo III: Utiliza processos mais rigorosos que os aplicados na obtenção do grupo II, resultando em básicos com maior índice de viscosidade. Produtos obtidos por este método, geralmente são chamados de 100% sintéticos em alguns países, incluindo o Brasil. Já na Alemanha e Japão eles não podem ser chamados de sintéticos, pois ainda tem a origem ligada ao petróleo.
Grupo IV: Chamados de PAO-polialfaolefinas, geralmente são obtidos através da síntese de um óleo+álcool+ácido, e por isso tem o nome de sintético. Tem propriedades superiores aos grupos anteriores, permitindo a construção de lubrificantes estáveis e de viscosidades avançadas.
Grupo V: Bases de origem não classificadas nos outros grupos.
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